VAMOS SEMPRE DIALOGAR

11/11/2013 11:34

 

É necessário sempre ter presente que o diálogo é a parte mais importante em qualquer tipo de relacionamento, seja de amor, seja de amizade, seja entre pais e filhos, enfim, basta que haja pessoas envolvidas, sempre será a base de tudo, para que haja entendimento entre as partes.

Muitas vezes nos calamos diante de certas situações que nos causam desconforto, ao invés de procurar acertar as coisas, ou ao menos tentar um entendimento.

É certo que existem situações onde não existe possibilidade de diálogo, e, chegando-se a essa encruzilhada, a melhor opção será mudar de rumo, e até mesmo silenciar, para que não se degenere em discussão e em briga, pois já foram esgotadas todas as tentativas para um eventual acerto e, chegando-se a esse ponto, se não houver possibilidade de entendimento, é o fim do diálogo. É o fim da harmonia e do entendimento. O chamado "Fim de Papo".

Muitas vezes, o silêncio é a melhor arma para evitar-se discussões estéreis, ou infindáveis polemicas. Vejam a mensagem que me foi passada por L'Inconnu:

"Pior do que uma voz que cala, é um silêncio que fala".

Nessas ocasiões, o silêncio diz verdades irrefutáveis. Diz que não desejamos mais falar sobre o assunto, diz que toda e qualquer possibilidade de diálogo chegou ao fim. Diz que é um rompimento definitivo. Verdade seja dita, em certos casos, o silêncio é um autêntico grito de alerta, dizendo um basta para discussões estéreis. Ele nos fala tantas coisas, nos faz repensar sobre atitudes que vínhamos tomando, e até mesmo possibilita um retorno a um diálogo depois que as coisas esfriarem. Essa a importância do diálogo, mantê-lo até onde for possível, e retorná-lo quando for possível novamente, e sempre vale uma tentativa.

Nem a discussão, nem o silêncio falam de perdão, ou de nova chance, mas o diálogo retomado, abre perspectivas para tudo. Devemos, portanto, saber usar o silêncio para quebrar um clima de discussão, e assim evitar que a situação se agrave, e para que se possibilite uma análise da questão, verificando-se se será possível reatar-se o elo rompido.

Há que se saber interpretar os silêncios, nem sempre os considerando como fim de tudo, mas como uma trégua a ser observada, para que os ânimos esfriem. Devemos usá-lo quando o diálogo está tomando o perigoso rumo da discussão, quando ambas as partes permanecem firmes em seus pontos de vista, ao invés de procurar um meio termo compatível.

Esse pode ser considerado o diálogo do silencio. A chamada pausa para meditação. E como é importante saber observá-lo.

Mas não é fácil calar-se quando a discussão começa a ficar acesa. E como é importante saber fazê-lo, sobretudo quando alguém tenta nos provocar, tentando polemizar certas situações.

Quando simplesmente, por quaisquer razões, tentam nos "chamar para a briga", (empregando um termo de minha infância longínqua), devemos saber evitar essa provocação gratuita, pois muitas vezes, perdemo-nos em questões estéreis que a nada nos vão levar, servindo apenas em função de um temperamento polemizador.

Ainda podemos tentar um diálogo, indagando o porque dessa provocação, mas a melhor resposta que poderemos dar, ainda e sempre será o silêncio, para que ambos os lados possam repensar e reavaliar situações.

Dizem que "da discussão nasce a luz", mas também grandes brigas bem iluminadas. A luz poderá nascer de um diálogo ponderado, em que ambas as partes possam se explicar, sem que estejam com o espírito prevenido, mas simplesmente ambas, dispostas a falar e a ouvir. Desse diálogo poderá surgir um acerto, ou não, mas de um jeito ou de outro, será algo amigável, acertado civilizadamente.

E uma das maneiras de sempre resolver as coisas ponderadamente, através de um diálogo amigável e gostoso, é tendo UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry