Um noite qualquer ..............

06/06/2014 11:51

Aconteceu ontem à noite, mas poderia ter sido na noite anterior ou em qualquer outra noite...

Após um acidente entre dois carros, numa estrada fora da cidade, testemunhas viram o corpo de um homem ser levado por uma ambulância; mas o que eles não perceberam era que o homem real, na verdade, ainda estava lá, preso na fuselagem do carro destruído, agarrado à ideia de ainda ter um corpo.

Seu cadáver se fora com a ambulância, mas sua alma ou espírito (ou qualquer outro nome que você queira dar para a consciência que anima o corpo físico) ficara no local, viva, mesmo após a morte do corpo, quer ele acreditasse ou não.

Esse homem, que vou chamar de Sr. X, nunca acreditou que poderia existir qualquer tipo de vida após a morte, mas lá estava ele, apavorado, e ignorando que tinha morrido.

Para sorte dele, um sujeito apareceu por ali e podia vê-lo, apesar do Sr. X não conseguir enxergá-lo. Esse sujeito era seu amigo de outras estações, e já há tempos era também o seu amparador extrafísico* (benfeitor espiritual, anjo da guarda, ou qualquer outro nome que você queira dar para essa galera extrafísica que fica nos bastidores do “outro lado da vida”, amparando, cuidando e torcendo pela gente).

Ele sabia que o Sr. X não conseguiria perceber sua presença, nem poderia ouvi-lo, afinal eles possuíam diferentes vibrações energéticas (e o homem naquele momento só via, ouvia e sentia o que ele queria, o que tornava o auxílio espiritual um tanto difícil).

Voando dali (sim, ele não tinha asas, mas podia voar), ele começou a procurar por alguém que pudesse lhe dar uma mãozinha naquele trabalho... E sabia, por sintonia, que havia projetores naquela área (sujeitos encarnados que saem do corpo e também brincam de anjos quando estão dormindo**) dispostos a ajudar.

Por isso, não tardou para encontrar a casa do João, mas o rapaz tinha comido tanto antes de dormir, que o seu corpo astral*** parecia mais um iô-iô saindo e voltando para o corpo, agarrado pelo chacra umbilical****, que trabalhava a todo vapor com o sistema digestório.

Tentou a casa da Maria, na mesma rua, mas ela ainda estava acordada, sem ter conseguido dormir, porque brigara de novo com o namorado, por ciúmes.

O último da lista era alguém que o amparador não queria chamar a princípio, mas, devido às circunstâncias e à falta de mão-de-obra, não havia outra forma.

Esse projetor era parente do Sr. X e nem desconfiava que alguém da sua família acabara de desencarnar.

Ao chegar ao local, o projetor se preparou para o trabalho e deixou que o amparador o guiasse naquilo que ele precisava fazer. Rapidamente começou a canalizar energias que transmitissem calma e harmonia e foi enviando-as ao estranho que lhe parecia familiar; porém, ele deixou a sensação de familiaridade de lado e concentrou-se no trabalho que começava a fazer efeito.

Aquela energia serena e amorosa foi acalmando o Sr. X, de tal forma que suas vibrações foram ficando cada vez mais compatíveis com as vibrações da equipe de resgate extrafísico, que já estava a postos para levá-lo daquele lugar.

O resgate foi rápido e tão logo o trabalho havia terminado, o projetor foi voltando para o corpo e, finalmente, acordou sem se lembrar do que tinha ocorrido.

Mas ele sentira uma sensação de conforto tão grande, que, pela manhã, a notícia da morte do seu tio, que vinha visitá-lo, não o abalara tanto. Era como se a noite de sono o tivesse preparado para aquela notícia, aquela perda que deixara sua família em choque.

Mesmo diante da tristeza de não ter mais o Sr. X (um dos seus tios preferidos) à vista, ele sabia que ninguém morria, apenas entrava e saia de corpos por vidas sucessivas.

Por intuição, ele sabia também, que seu tio tinha sido amparado e assistido; mas o que não sabia era que ele mesmo tinha ajudado o tio. Ele tinha sido o intermediário entre dois planos, ajudando o Sr. X a passar para o “lado de lá”.

Quanto ao outro anjo (aquele amparador do começo da história), ele continua a voar por aí, ajudando outras pessoas a entender que a vida continua depois da morte. Por vezes, usando suas próprias asas; outras vezes, com a ajuda de asas projetadas.

 

P.S.:

Esse texto é apenas uma homenagem a essa legião de anjos que acompanham quem vai e quem fica, tanto na dor da noite escura da morte do corpo físico, quanto no dia claro do despertar da consciência para a vida além da morte...

 

Por Frank -

(Texto extraído da Revista Cristã