Toda história tem sempre três lados...
Ah, que saudade eu NÃO tenho da época que achava que a minha verdade era absoluta!
Estar cego em um ponto de vista levará você a perder grandes oportunidades, grandes amigos e até mesmo a oportunidade de aprender e evoluir. Somos seres em segunda época que somente com o aprendizado em cada situação vivida e a evolução passaremos à outra dimensão.
Tenho, sim, a humildade de reconhecer que um dia já fui muito diferente do que sou hoje. Possuía enormes defeitos como, por exemplo, não enxergar o outro para atingir um objetivo. Pessoas eram apenas participantes da minha história de vida e nos vai-e-vens me transformei e, hoje, posso dizer que vivo muito mais feliz e em harmonia com o todo.
Aprendi que cada história ou conflito compartilhado tem sempre três lados, o da pessoa que lhe conta a sua versão, a versão do outro e finalmente a verdade, que é justamente a parte da história sem nenhuma potência associada. Como potência associada, posso incluir a raiva que sinto naquele momento, o medo, o peso de histórias passadas, o momento atual em que vivemos, sim! Tudo isso reflete para que você enxergue somente o seu lado e as perdas podem ser irreparáveis e enormes. Ceder e ter a humildade de escutar o outro lado da história, sentir o que o outro sente e se colocar no lugar do outro é, sim, um aprendizado de vida, é um treinamento que requer constância. E no dia em que você conseguir ouvir uma história ou dela ser participante e conseguir se tornar um observador, tenha absoluta certeza que você deu mais um passo na sua trajetória de evolução pessoal.
O termo "ser político" se depreciou ao longo do tempo, mas na melhor das intenções, vou dizer que em muitas situações que vivemos, temos que ser políticos, ou seja, agradar a todos e depois, então, com a cabeça fria e em paz poder interagir com a história do outro e, assim, encontrar o caminho do meio que é realmente o da verdade.
O desafio hoje em dia não é acumular informação e, sim, saber discernir a informação. Conceitos, temos aos montes, mas o verdadeiro aprendizado evolutivo está em aplicar tais conhecimentos adquiridos. A informação é importante quando agregada à prática. O discernimento é igual à proporção entre informação e conhecimento, o resto é desperdiçado.
As experiências negativas são tesouros que alimentam o discernimento. É necessário estudá-las para entendê-las a fim de adquirir informação. Aquele aspecto vivenciado e entendido dará frutos, pois a vivência já existiu, devemos, então, aproveitar os frutos. Só enxergo e percebo no outro aquilo que enxergo e percebo em mim mesmo.
A clareza da decisão depende de como você vê o fato.
Então, para que perder tempo com coisas que lhe fazem mal, para que perder tempo com pensamentos e emoções negativas se a qualidade de sua vida está associada à qualidade que você dá a seu tempo? Se o seu ponto de vista for absolutista em qualquer situação que não seja espiritual o levará ao fracasso e a decepção. Neste caso, cada falha é uma decepção e não uma dificuldade.
No exercício do amor, do dar e receber é que damos oportunidade de desenvolver quatro princípios fundamentais: o amor, o respeito, a dignidade e a simplicidade.
Quem consegue ter esses princípios bem estabelecidos se adequa a qualquer meio. Para desenvolver o princípio do amor é preciso conviver com alguém que tenha esse princípio, para que haja a troca necessária. O princípio do respeito se concretiza quando você reconhece o espaço do outro e o seu em sua mente.
O princípio da dignidade é que dá sustentação à pressão, tão comum nos dias de hoje. O princípio da dignidade reconhece que você é tão digno quanto o outro. Quando eu me sinto digno, eu me posiciono com firmeza. Eu não sou mais pessoa que você, e você não é mais pessoa do que eu.
O princípio da simplicidade é a capacidade de expressar o seu conteúdo na medida da compreensão do outro. Quem tem boa dignidade e simplicidade tem boa estratégia.
Querer ser justo em excesso, na maioria das vezes, leva você a uma exposição desnecessária e muitas vezes à decepção, pois, ser justo é entender que há medidas diferentes do que quer que seja para você e para o outro. Um exemplo característico é o tamanho de cada luva, nem todas as pessoas usam o mesmo tamanho de luva.
Aí, então, caímos na vaidade que é justamente quando não entendemos que todas as histórias têm sempre três lados e enxergamos somente o nosso. A vaidade dá rasteira na justiça, o poder subiu à cabeça e a justiça se perdeu. Somente quando este princípio está bem consolidado é que entendemos que as coisas são relativas e que existe o desigual.
Este desigual consiste no momento de vida em que a pessoa se encontra, no seu grau de evolução, nas histórias e bloqueios que já viveu, nas suas mágoas atuais e no contexto de vida que ela criou como seu mundo de verdades.
Normalmente, julgamos os outros porque temos preguiça de analisar e identificar suas crenças e aprender a gerenciá-las.
Tudo, então, só começa a melhorar quando tomamos consciência de nós mesmos. Enquanto não percebermos que não somos donos da verdade absoluta, ficaremos escravos dela.
Inúmeras são as histórias em meu consultório que ao concluirmos o equilíbrio das frequências energéticas e eliminarmos todos os bloqueios, através da Mesa Radiônica e a pessoa passa a viver harmoniosamente, ela por si só percebe que cada história que viveu e que lhe fez muito mal e a fez conviver com sentimentos negativos, tinha sim, mais dois lados que nunca haviam sido avaliados.
E, então, quando a energia do equilíbrio se estabelece e os bloqueios se desfazem, o perdão se concretiza e atingimos outro patamar de realidade, onde não há mais espaço para coisas ruins e a sua qualidade de vida se modifica completamente, pois você passa a atrair somente pessoas e situações que estão na sua mesma sintonia energética, ou seja, de acordo com o seu momento atual.
:: Maria Isabel Carapinha ::