Ouçam a sua mãe!!!
“Ouçam a sua mãe” foi a frase dita recentemente por um jovem expoente do cinema mundial, vencedor do Oscar com o filme O discurso do rei.
Não bastasse o filme, carregado de profundos exemplos de superação e humanidade através de personagens que ousam desafiar a realidade de suas vidas no dia a dia, o jovem Thomas Hooper diz que extraiu sua obra de arte das estórias que sua mãe contava sobre o rei George VI.
Que bela lição para nós que ouvimos tão pouco nossas mães e do pouco que ouvimos ainda achamos que nossas mães já estão desatualizadas.
Ele cresceu ouvindo a mãe Meredith, uma senhora de origem australiana, contar estórias. E as estórias de dona Meredith foram ganhando força dentro do menino Hooper, foram ganhando força e, de repente saltaram dele para o mundo. Saltaram agigantadas em forma de roteiros de cinema e o sucesso estava feito.
Nós escolhemos o que queremos que nossos descendentes sejam. Escolhemos se eles serão bandidos ou bons profissionais, se queremos deles técnicos ou artistas, somos nós que o fazemos. Nós os educamos. Há algumas gerações atrás, as mães educavam os filhos contando estórias, ficando com eles o dia todo, os dando assistência plena na educação, ensinando às meninas a serem donas de casa, mas de repente a sociedade mudou, os valores mudaram e as mães não podem mais ficar em casa, pois precisam trabalhar para ajudar a sustentar a família. Só que não entendo, hoje as famílias são bem menores e por que todo mundo tem que trabalhar endoidecidamente para “ajudar” sustentar a sustentar a família?
As mães já não contam mais tantas estórias para os filhos, já não participam, empenhadamente, da educação dos filhos, transferem essa responsabilidade integralmente para a escola. Só que aí está o problema: as nossas escolas não foram e nem estão preparadas para fazerem do seu filho um bom sujeito, elas apenas ajudam nessa função, ademais, e não generalizando, a escola pública hoje no Brasil é uma grande massa falida. (!)
Para haver uma sociedade onde os sujeitos possam ter a liberdade de viver e pensar livremente, a educação deve ser prioridade, caso contrário, não há liberdade nem sujeito livre, há manipulação de idéias e aí as pessoas são como máquinas e não como cidadãos. E a educação como prioridade que falo é a educação que vem da família, da mãe que educa o filho e só o leva à escola como complemento. Sociedade educada é a sociedade onde os filhos têm onde se espelharem - os pais, e deles tiram o exemplo.
É desse tipo de relação e educação que saem pessoas com a consciência como a dos personagens de O discurso do rei, cientes que o desafio para vencer na vida é um desafio que nasce com cada dia, a cada amanhecer, por isso, vencer, é superar sempre.
Pais e mães, tenham sempre algo a contarem a seus filhos e, muito mais do que isso, tenham algo a que eles possam se espelhar. E filhos, por favor, “ouçam a sua mãe!”
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