No lugar de reprimir desenvolver virtudes
Usualmente somos alertados para a necessidade de reprimir nossos erros em desconsideração ao que ensina a psicologia: ao reprimir algo acabamos por fortalecer ainda mais o que queremos eliminar.
Combater o egoísmo surge com destaque em propostas de repressão. Colocar nossa atenção e energia nesse comportamento reforçará ainda mais o egoísmo. Melhor é desenvolver o altruísmo que é uma virtude que afasta sem lutas e sofrimento o egoísmo.
Há um aspecto a ser considerado, mesmo que fosse possível combater e vencer o egoísmo isto nos transformaria em criaturas altruístas.
Deixar de ser egoísta nos dá a habilidade de ser altruísta? Não dá, para ser altruísta é necessário exercitar essa virtude, colocar em prática essa virtude.
Portanto, no lugar de combater a impaciência procuremos desenvolver a paciência, no lugar de combater a intolerância desenvolver a tolerância.
Somos portadores de todas as virtudes que possamos enumerar que pensamos que possam existir. Qualquer virtude que se destaque em alguém também pode ser encontrada em nós mesmos.
Tomemos o amor, a maior virtude.
A nossa essência é constituída de amor porque aquele que nos criou é amor. Se Deus é amor nós também somos e podemos manifestar essa condição através de nossas experiências quando dedicamos nossa atenção, carinho, cortesia para com as pessoas de nosso convívio.
Da mesma forma como a criança manifesta sua capacidade de andar nós vamos aos poucos manifestando a nossa capacidade de amar. Da mesma forma que o cultivo da semente do Jatobá aos poucos manifesta a grande árvore que será capaz de oferecer sombra e frutos assim também ocorre com nossas virtudes.
Deixemos de dar atenção ao processo de desvalorização do ser humano.
Se quisermos honrar e dignificar Deus precisamos reconhecer em nós a grandiosidade de sua obra. Quando reconhecemos isso em nós também seremos capazes de perceber a grandiosidade nas pessoas que nos cercam.
Nossos vínculos com Deus e com o próximo são estabelecidos através das virtudes.