Mágoa e ódio à luz da espiritualidade
"Se tiveres para com o outro sentimento que não leve ao sucesso de um relacionamento saudoso, se afaste e não faça mal a ti e ao próximo.
Não é preciso conviver para amar, mas o convívio necessita de respeito e compreensão para que seja de fato duradouro e benéfico.
Não seja aquele que leva ao outro o rancor e a mágoa, antes o afastamento do que o ataque desmedido de energias que causarão sérios prejuízos na vida que se deseja traçar.
A vida nos coloca em situações em que devemos escolher o que de fato queremos em relação ao próximo, sendo que na verdade digo que apenas a compreensão mutua é que deve reinar, sem a qual a paz não é possível.
Não se deixe levar pelo egoísmo para com aquele que apenas não se encontra no caminho que para você é o correto, pois isso pode levar a um grave erro de julgamento, cuja consequência será inevitavelmente reparada.
Sempre dedique àqueles que lhe são próximos todo afeto e amor para que essa energia salutar possa se transmitir mais e mais por entre as pessoas.
Com aqueles que hoje não lhe são próximos tenha em si a compreensão de que à cada um foi determinando por decisão própria um caminho, sendo que as dificuldades se faz presente para todos.
Não se sinta em um grau evolutivo capaz de julgar, pois do contrário não estaria entre os encarnados em duras lutas para a superação de suas faltas, mas sim nas esferas resplandecentes de luz.
Lembre que o ser de mais luz que já encarnou entre os homens sempre buscou ser pacifico com todos, sem vir com a espada, mas com o amor como sendo a sua única arma.
Porque então empunhar a arma que fere o outro se sabe de antemão que o ferimento que causa ao outro é menor do que aquela que irá carregar em seu espirito, talvez por muitas vidas.
O despertar é difícil, mas os seus benefícios são sentidos a medida que os vícios vão ficando para traz, em uma passado de dores e lutas, para que possa ser colhida a vitória da superação.
Mas jamais devemos abandonar aqueles que ainda caminham pela estrada perdidos por sentimentos menos nobres que os conduzem ao erro para consigo e para com o próximo.
Podemos não tocar na rosa que traz em seu corpo o espinho, mas podemos respeitá-la e protegê-la para que o mal não lhe atinja, sobretudo por nossa ação.
Não tocar em algo que nos representa um perigo não significa desprezá-lo a própria sorte, mas saber que as dificuldades criaram naquele ser os espinhos que hoje buscam ferir, mas que com o recomeço de suas ações sempre será possível se transformar em pouso salutar para aqueles que buscam o afeto.
Na condição de seres desencarnados nós hoje vemos a importância de sermos solidários com todos os nossos irmãos, pois reconhecemos neles as nossas próprias dificuldades, com a consciência de que apenas a ajuda paciente e amorosa é capaz de conduzir a todos para a estrada da evolução, para que seja possível repousar em esferas de luminosidade mais intensa.
Quantos são aqueles que agem viciados por orgulho e egoísmo que não encontram deste lado a dor da descoberta de que a única absolvição que lhe é possível somente será obtido pela reparação da própria consciência.
Sentimos a perda de todos aqueles que não escolhem o caminho do amor como sendo o único capaz de conduzir ao bem, pois o seu retorno não será por meios que não sejam dolorosos.
Vejo entre todos aqueles que chegam desse lado a alegria do reencontro e a dor da desilusão, sendo que apenas o mérito será capaz de atribuir ao ser um ou outro.
O fortalecimento do espirito passa pela superação das suas provas no campo da encarnação entre os filhos da terra, que por um corpo material irá desempenhar as suas boas e más inclinações.
Sejam meus filhos humildades e não levem no coração a mágoa ou rancor contra que quer que seja, pois somente após ser descortinada toda a verdade é que poderá reconhecer como é bela e perfeita a justiça divina.
Estejam sempre certo de que apenas a estrada do amor e do bem pode levar o ser a realização de seus anseios de justiça e de paz”.
Pedro Paulo”