Abençoadas as mãos que, trespassadas pelos cravos da ingratidão,
não se retraem no gesto do auxílio!...
Mãos caluniadas que preservaram edificando...
Mãos escarnecidas que, em silêncio, continuam agindo em benefício de alguém...
Mãos que não perdem tempo em se defender das pedradas do mal...
Mãos incansáveis no labor da felicidade alheia...
Abençoadas as mãos repletas das marcas do trabalho digno!...
Mãos cobertas pelas cicatrizes da faina cotidiana...
Mãos que se dilaceram em contato com a dor dos semelhantes...
Mãos que envelhecem servindo...
Mãos que, finalmente, sobrevivem à morte em seus gestos de amor!
(Irmão José Carlos A. Baccelli)