Incenso, mirra, flores, tanto faz.
Incenso, mirra, flores, tanto faz.
Para quem morre e se descobre vivo, o lucro é total.
Em um instante, a morte fecha seus olhos físicos para instantes depois, a imortalidade descerrar seus olhos espirituais. Isso é interessante: seus olhos físicos estão mortos, mas vê a luz brilhar. Sua família chora, você fica com pena e tenta gritar para eles que está vivo, mas não sai voz nenhuma.
* * *
Em meio à ansiedade, parece que reconheço esse morrer. Pareço me lembrar de que já morri antes e isto é tão conhecido!
O corpo está desligado e eu estou consciente.
Uma luz branca me invade e me comunica um bem-estar maravilhoso. Começo a chorar de alegria, pois sei que meu corpo está morto, mas sei que estou vivo.
Penso, sinto e vibro internamente.
Essa luz reconfortante me embala como a um bebê.
Sinto-me desprender do corpo e flutuar, como balão cativo que balança no ar, preso a uma corrente invisível que me move longitudinalmente.
Estou prestes a adentrar as portas do invisível, tão desconhecido e, ao mesmo tempo, de alguma forma, tão familiar.
Uma voz suave me diz mentalmente que estou voltando para casa mesmo e que minha família espiritual está à minha espera, como sempre esteve. Sou tocado por um amor tão intenso que não tenho como descrever tão doce sensação de enlevo e beatitude.
Estou seguindo... bem vivo. Mas, antes de seguir, quero dizer algo muito importante: aqueles que perderam um familiar ou ente querido, vibrem um "amor espiritual", sem apego, pois ninguém nos pertence. O Senhor nos dá a chance de convivermos uns com os outros, para nos aprimorarmos e crescermos. Não é para que soframos quando é chegada a hora da justa despedida.
Repito: nada nem ninguém nos pertence! Tudo pertence a Deus.
Que as pessoas meditem sobre isso. Que olhem o gélido cadáver e o comparem com o magnífico espírito brilhante que antes morava ali e os amava de verdade.
E é baseado nesse raciocínio que peço encarecidamente às pessoas que leiam sobre vida após a morte. Que pesquisem os dados disponíveis sobre esta questão tão vital para todos que estão na Terra. Raciocinem, observem. Há um canto oculto dentro da própria alma, onde existe uma linda canção se manifestando. É a canção do coração! Escutem-na e sintam a vida presente. É essa questão que deve ser oferecida para aquele que parte na grande jornada além da carne.
Amem, amem, amem e parem de chorar!
Há uma luz suave ajudando a todos que partem. Mas, para os que ficam, a única luz que pode guiá-los é a "luz do discernimento".
Nada morre. Tudo vive, sempre, em qualquer tempo ou dimensão, pois a luz de Deus está em tudo.
Sigo meu caminho acompanhado dessa luz.
Um abraço a todos e muito obrigado por tudo!
- João -
(Recebido espiritualmente por Wagner D. Borges)