Espiritualidade – sinceridade de consciência.

Por que as pessoas têm dificuldade em expressar sinceridade? Muitas pessoas são temerosas em ser sinceras. Sentem que são obrigadas a adotarem atitudes ensaiadas, ao invés de expressarem de forma espontânea o que o coração está sentindo, assim elaborando até quando estão em ambientes de intimidade, seja em família, ou com amigos e assim por diante. Por quê?

Vamos lá refletir sobre o tema? A resposta que surge de primeiro momento está relacionada ao nosso tema anterior: Espiritualidade – tempo de despertar! - porque não sabem quem verdadeiramente são! Em segundo pensamento, sabem quem são, mas estão programadas para não assumirem, porque foram talvez severamente repreendidas anteriormente, e então procuram esconder o que sentem, tentando facilitar serem aceitas.

Para assumirmos nossa verdadeira atitude em público precisamos de auto-confiança – confiança no nosso Eu Interior maravilhoso, de acordo com o que Deus nos fez! No entanto inúmeras pessoas são, vamos dizer, envergonhadas de si mesmas. Essas pessoas têm dificuldade e não aceitam como autênticos seus bons e amorosos impulsos de coração. Para estas pessoas ser sincero significa ser bravo, irritadiço – aí sim estão sendo sinceras. Supondo que esta forma é o que essas pessoas pensam, até poderemos entender porque são temerosas em ser sinceras. Em serem temerosas da sinceridade autêntica, já até ouvimos o dito popular que diz: “Quando você não tem algo gentil para dizer, fique em silêncio”.

Desta forma quando essas pessoas estão carregadas de negatividade interior, elas não irão se manifestar. Assumem uma atitude ensaiada, porque não acreditam que o seu Eu Interior, possa ter bom relacionamento com os outros. Como resultado desta atitude, essas pessoas expendem muitas vezes a vida inteira ensaiando habilidades sociais e aprendem a se portarem perfeitamente gentis, diplomáticas, educadas e outras aptidões, ou seja, suas habilidades ou capacidades resultantes de conhecimentos adquiridos.

Muitas vezes conversamos horas com essas pessoas, sem conseguirmos saber quem são, porque elas não conseguem se expressar autenticamente. Não conseguem ser amadas como são realmente. São alienadas, solitárias, perdidas, e não colocam a mostra seus sentimentos do coração.

A verdade é que a atitude ensaiada não é real, porque é uma interpretação, por mais convincente que seja.

Não estamos nesta vida para sermos premiados por nossas interpretações geniais, a não ser que tenhamos escolhido a profissão de ator, não é verdade? Está aí a recente premiação do Oscar nos favorecendo um exemplo. É o nosso Eu Interior autêntico e somente ele, que será capaz de sinceridade nos relacionamentos, expressando sinceridade no amor, tanto com filhos, família, amizades, como também com desconhecidos. Sabemos quando o muito obrigado ou o por favor vem do nosso coração, porque o tom de voz é com sentimento e não soa como sendo som de lata. Faz sentido? O problema com insinceridade não está restrito ao nosso reino de seres humanos espirituais e do nosso engajamento afetivo e social.

Deus terá que lidar com esta insinceridade dos seus filhos. Dado que as pessoas, as quais nos referimos estão desacostumadas em ser sinceras umas com as outras, não será surpresa para nós, que ao invés de abrirem seus corações para Deus nas orações, elas provavelmente, tentando aqui não fazer julgamentos, iriam se apresentar não como são, mas como gostariam de ser, dentro da interpretação que estão acostumadas. Por exemplo: isto soa como pedir para outra pessoa interceder por nós, no pedido de ajuda.

Com certeza Deus irá preferir muito mais conversar diretamente, porque Ele já está no coração de cada um de nós. Está claro? Na busca e no esforço de nosso crescimento pessoal e espiritual nós intuímos que sinceridade é fundamental para nosso verdadeiro relacionamento com Deus.

Sinceridade de consciência é ser Alma transparente! Quando na cruz as palavras finais de Mestre Jesus, expressam a sinceridade de consciência desta conexão espiritual com Deus. Fixando os olhos em Mãe Maria e no discípulo João, disse: “Mulher eis aí teu filho. João eis aí tua mãe”. E concentrando sua atenção em Deus, Mestre Jesus disse: “Perdoe-os, eles não sabem o que fazem” e em seguida: “Está terminado, entrego a Ti meu espírito” (João 19.26-30)

As afirmativas de Mestre Jesus expressam a sinceridade de consciência de uma vida, em preparação para o retorno à identidade espiritual. De uma diferente perspectiva simbólica sinceridade de consciência representa um ritual importante para nós filhos e filhas de Deus.

Em muitas das fases durante nossas vidas como seres humanos espirituais nos encontramos em encruzilhadas, as quais necessitamos nos desapegar, deixando estas fases, muitas vezes de sucesso anteriores morrerem.

Quanto menos nos apegarmos à dimensão dos nossos cinco sentidos, mais nos posicionaremos para acessar com sinceridade de consciência a energia de Keter, ou seja, segundo Dra Caroline Myss médica intuitiva, espiritualista, autora de inúmeros livros, é: “a energia do Divino que flui na manifestação física”, ou também como conhecemos ser o chakra coronário, localizado no alto da cabeça, o qual é nossa transcendental ligação com o Divino. Estaremos deixando que Deus flua em nossa mente, corpo, Alma e Espírito, inspirando esta energia para o nosso Ser Divino.

por Marcos Porto