ENCERRANDO CICLOS

23/02/2016 10:29

Olhemos ao nosso redor com muita atenção e perceberemos que o mundo se movimenta de forma cíclica, numa espiral infinita, portanto, para que possamos passar de um ciclo para outro é necessário que finalizemos o primeiro.

E qual a importância disso para o nosso dia a dia?

Meus queridos amigos, infelizmente ainda não sabemos ampliar nossa consciência e aprendizado de forma a conter em nossa mente tudo o que adquirimos de informação ao longo de nossa existência. Retemos o que nos é mais importante: as vivências que se transformaram em saber.

Toda informação quando não é utilizada, acaba por se tornar um peso extra, lixo mental como costumamos chamar.

Cada vez que encerramos um ciclo de nossa existência e aprendizado, descartamos tudo aquilo que não nos é mais necessário. Principalmente o que não aplicaremos mais em nosso dia a dia.

Fácil e lógico não é mesmo? Mas, infelizmente na prática não é bem o que ocorre. Milhares de seres humanos se tornam prisioneiros de ciclos existenciais justamente por não conseguirem encerra-los, permanecendo em estado de estagnação do seu amadurecimento.

Muitos se indagam: e por que isso ocorre?

Ocorre pela necessidade criada pela simbiose de pensamentos e vivências, onde o apego, não permite que o ser enxergue novas oportunidades. É preciso acumular mais e mais… Visão materialista da vida, a qual o faz permanecer eternamente na fantasia que criou, no mito, na culpa, no passado, na lamentação e/ou saudosismo.

Como já mencionamos em outras reflexões, o único momento que realmente dispomos é do presente. Só o presente é capaz de nos propiciar a ação que poderá mudar a situação que vivemos.

Encerrar um ciclo, nem sempre é processo fácil, pois envolve deixar o conhecido, nossa zona de conforto, e partir para as novas oportunidades e desafios.

Quando encerramos um ciclo, não se faz necessário o esquecimento das experiências vividas, muito menos a não valorização do aprendizado e dos valores conquistados. É necessário somente, que não guardemos aquilo que já não nos auxilia. Aquilo que nos impede de caminhar.

Não implica tão pouco no esquecimento de pessoas, mas no entendimento de que todos mudamos ao longo da jornada. Assim, amar o outro é permitir que ele faça suas opções mesmo quando forem equivocadas, se fazendo presente para estender a mão, se necessário, para um novo recomeço sem cobranças.

Vejamos alguns exemplos: encerramento do ciclo da infância; muitas vezes não percebemos que crescemos em idade cronológica e temos uma tendência a não assumir responsabilidades, delegando ao outro a responsabilidade sobre decisões de nossa vida. Assumir responsabilidade pode ser um processo doloroso, pois algumas de nossas escolhas não são as melhores por falta de conhecimento. Essa falta de conhecimento e informações, não é proveniente do encerramento do ciclo, mas de nosso orgulho.

Outras vezes, mantemos ativo o ciclo das dependências com nossos filhos não permitindo que eles sigam seus caminhos. Queremos controla-los. Esse controle aparece por conta de nossa prepotência, mas o camuflamos como amor e proteção.

Esse mesmo exemplo pode ser aplicado aos relacionamentos com ex-namorados, ex-cônjuges, ex-amigos, onde relutamos em aceitar que as bases do ciclo de dependência/relacionamento já não existem mais. Prendemo-nos por longos períodos revivendo o passado e criando conflitos no presente.

Meus amigos, trazemos dentro de nós diversos obstáculos criados por nós mesmos, para o encerramento dos ciclos. A cada vez que encerramos um ciclo nos permitimos ir além, aproveitando as oportunidades que nos sãos apresentadas. Isso é viver… Construir a educação que nos transformará em indivíduos mais equilibrados e felizes, consequentemente em espíritos mais evoluídos, pois não nos limitaremos a vivência material, mas desde já iniciaremos a vivencia de nossa vida espiritual através da construção de valores morais sólidos.

Fiquem com a inspiração dos ensinamentos de Jesus e todo meu carinho

Espírito: Irmão Matheus (Colônia Espiritual Maria de Nazaré).