Cura
Doente, busquei nos homens de branco - e também na gente das estrelas -, a cura de todas as minhas mazelas; e, por um tempo, achei que estava bem.
Mas, não estava!
Tinha me curado, por fora, mas a doença seguia cobrindo-me, por dentro - com tudo aquilo que eu não queria olhar -, e seguia doendo... Até que eu percebi que a cura real não poderia vir de fora, mas, de dentro.
Minha doença vinha das minhas interpretações do passado, das marcas e mágoas que nunca tive coragem de tratar; e eu ignorava que elas podiam causar tanto dano ao meu corpo. Duro engano, pois tudo parecia bonito, por fora, e, por dentro, tanto pranto.
Essas mágoas, como vírus que se espalham, foram tomando conta de tudo, camada por camada; e o meu corpo foi tentando me avisar: "Olha os sinais, toda doença é conto a narrar!"
Talvez, por merecimento ou sorte, pude, há tempo, perceber um impulso, que foi me revestindo de coragem para compreender o que precisava ser feito. E busquei, dentro de mim, as forças necessárias para trazer à consciência que esse impulso era a grande chance que eu precisava para me autocurar.
E tomei desse remédio chamado “aceitação”, e a cura se estabeleceu com as atitudes que precisei tomar para as mudanças se processarem na minha vida. E a minha alta finalmente ocorreu, quando optei por não mais ignorar que são os ecos das lamúrias do passado que nos levam ao esquecimento do nosso próprio poder de se curar.
Por Frank -