Compreendendo o uso correto do dinheiro
Para compreendermos melhor o uso correto do dinheiro, tomemos o exemplo simbólico do sangue humano. O sangue flui por todas as partes do corpo, sem exceção. Ele desce, é usado pelo metabolismo, sobe ao cérebro, depois volta ao coração; circula em ritmo adequado, mais ou menos acelerado, conforme o caso; dá, assim, vida às células de todas as regiões do corpo. Enquanto perfaz o circuito, renova-se; à medida que caminha, não é mais o mesmo: transforma-se continuamente. O processo de circulação da energia monetária na sociedade pode ser comparado ao sangue humano. Se o sangue se estancasse em um local, se não atingisse as células, o que sucederia? Assim como nenhum ponto do corpo pode viver sem ele, nenhum indivíduo, na superfície do planeta, deveria ficar sem a energia material de que necessita.
Quando a energia monetária não flui corretamente é como se todo o sangue do planeta ficasse envenenado. Uma inteligência maior prepara-se para retirá-lo. Desde que o dinheiro foi criado pelo homem, congestionou-se em certos pontos do planeta; reteve-se nas mãos de alguns indivíduos que não permitem sua circulação, a não ser sob certas condições, deixando, assim, gangrenar o resto. Nesta civilização caduca e decadente, trabalha-se e pensa-se em função do que é indicado numa cédula, cheque, letra de câmbio ou papel semelhante, esquecendo-se de que essa indicação é dada pelo próprio homem e não supre nenhuma necessidade real que ele possa ter.
Pode o dinheiro comprar a paz?
Pode comprar a saúde?
Pode comprar o desenvolvimento da consciência?
Pode comprar a alegria verdadeira, que vai além do sorriso externo?
Extraído do livro “O Novo Começo do Mundo” - Trigueirinho